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Liderança e Resultados sob a Ótica da Gestão de Riscos

Resumo

•    O analfabetismo funcional atinge 1 em cada 5 brasileiros em condições laborais
•    A falta de meios de aprender fragiliza a equipe e reduz a consciência operacional
•    Não importa se você é “da Segurança”, de Projetos, RH, Produção, Manutenção ou Qualidade: sua gestão e seus resultados são afetados se sua equipe não sabe aprender
•    Recursos de treinamento inovadores e de baixo custo de implantação podem ser um importante aliado na formação da sua equipe

Literatura recomendada

•    “Prova”
Autor: Vasco Moretto
Editora Lamparina

 

•    “Nas asas da educação”
Autor: Ozires Silva
Editora Campus

 

•    “Train Smart”
Autor: Rich Allen
Editora Qualimark

O papel da educação na Gestão de Riscos

A UNESCO divulgou recentemente um levantamento colocando o Brasil como o 8º país com maior número de analfabetos no planeta: são 13 milhões de brasileiros acima de 15 anos de idade que não sabem ler ou escrever. Mas o cenário é ainda pior: o Inaf, Indicador de Analfabetismo Funcional, mostra que Brasil tinha, em 2011, 27% de analfabetos funcionais (pessoas entre 15 e 64 anos de idade que demonstram pouca ou nenhuma capacidade de interpretar mesmo textos básicos, como um bilhete). O valor é médio e varia conforme a região do país, entre outros fatores. Como exemplo, o nível de analfabetismo funcional nas áreas rurais atingiu 44%, contra 24% das áreas urbanas. 

Mas isso não é um problema só do RH? Ou do governo?

Não é. Esteja você ou não formalmente ligado à gestão de riscos (quer você trabalhe ou não na “Segurança”), é certo que os efeitos da pouca instrução da equipe afetarão diretamente seus resultados – e a regra se aplica ao chão de fábrica, às lavouras, aos canteiros de obras, às oficinas de manutenção e onde mais a Segurança Operacional for um desafio. Mas será que este é o seu caso?

 

Há uma boa chance de que seja. Na prática, nem sempre é fácil reconhecer que se está diante de um analfabeto. Pelas estatísticas e dependendo do seu ramo de atuação, você talvez trabalhe com poucos, talvez muitos. Talvez você saiba quem são todos eles, mas é mais provável que não. São bons operadores, mecânicos, auxiliares, alguns são líderes excelentes. Trabalham com afinco e são pontuais. Mas não podem (ou não sabem) aprender como os demais aprendem. E assim, abandonados, tornam-se um elo frágil da equipe.

 

Se este é o seu caso, a constatação de que parte da sua equipe não pode ser ensinada pelos métodos tradicionais (manuais, procedimentos, slides em Powerpoint etc.) deve servir de alerta. Como líderes, é nossa função repensar os recursos didáticos necessários para transformar informação em conhecimento (aquilo que gera ação e resultados) para um público tão específico.

 

Por experiência própria, posso afirmar que o uso de recursos ainda pouco explorados – tais como simuladores, manuais ilustrados (que dispensam a leitura) e avaliações figuradas – tem trazido resultados surpreendentes. E estes são recursos implementáveis sem grandes investimentos, podendo ser executados pela própria empresa e suas lideranças com um mínimo de apoio externo (e aqui eu me refiro às consultorias). Tendemos (especialmente os técnicos, como eu) a avaliar estes recursos “inovadores” com ceticismo, mas a simplicidade dos modelos esconde ferramentas poderosas da andragogia, neurociência e antropologia, entre outras. E que funcionam.

 

Era isso por hoje... Obrigado pelo seu tempo e que a leitura lhe seja útil. Até mês que vem.

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